terça-feira, 23 de maio de 2023

Estudantes da UFRN conhecem as vulnerabilidades do bairro Mãe Luiza

Visita técnica foi proposta em parceria com a Defesa Civil de Natal

por Eloise Beling Loose e Mariana Rocha Silva


Aproximar os futuros profissionais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) dos desafios reais presentes em comunidades de Natal. Este foi um dos objetivos da visita técnica realizada na última quarta-feira, dia 15 de maio, sob a coordenação de Lutiane Almeida, professor da disciplina “Práticas em Planejamento Territorial” e coordenador do Grupo de Pesquisa Georisco. Em parceria com a Defesa Civil de Natal, estudantes tiveram a oportunidade de visitar o bairro Mãe Luiza, na zona leste da capital, onde ocorreu um deslizamento de terra em 2014. A proposta foi observar como está a situação hoje, após o desastre, e identificar as medidas que contribuíram para a contenção efetiva do morro. 

Uma série de mudanças foram realizadas pela administração municipal para tornar o bairro menos vulnerável. Em 2014, a coordenadoria municipal de proteção e defesa civil nem existia - foi criada por obrigação para a cidade ser sede da Copa do Mundo. A UFRN, por meio do Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas sobre Desastre (NUPED), colaborou com a prefeitura para a elaboração do plano de contingência para emergências em casos de desastre, inexistente até então.


Durante a atividade, os estudantes visitaram a escadaria, onde cerca de 29 residências foram totalmente ou parcialmente destruídas, e que foi refeita, revalorizando o local. “Em alguns pontos, a prefeitura fez uma contenção para aumentar o nível de segurança. A escadaria foi refeita, essa rua também era bem mais estreita; foi refeita, e também repararam o sistema de drenagem”, explica Almeida.

Além da discussão sobre as fragilidades da região e os avanços que a Defesa Civil de Natal obteve nos últimos anos, a visita permitiu que os estudantes ouvissem os relatos de moradores, que convivem em áreas de risco e/ou com falta de infraestrutura. A líder comunitária Ana Maria Alves, que perdeu a moradia em decorrência do desastre de 2014, mostrou falhas existentes no muro de contenção, rachaduras e ligação de esgoto irregular, questões que precisam ser acompanhadas mais de perto pela prefeitura.


Texto: Eloise Beling Loose
Imagens: Mariana Rocha Silva

Acompanhe as futuras ações do Grupo de Pesquisa Georisco em suas redes sociais (Instagram e Facebook) e blog. Confira também o vídeo da visita técnica  aqui.

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