Cientistas em Ação: II Seminário Interno do Projeto Multirrisco

Na última semana a equipe do Projeto Multirrisco reuniu-se para o II Workshop Interno a fim de debater conceitos pertinentes à proposta. A oficina virtual partiu da exposição dos principais aspectos teóricos e metodológicos de um conjunto de artigos científicos previamente identificados e avaliados pelos pesquisadores do Projeto.

A dinâmica ressaltou que há uma série de denominações que atravessam a perspectiva multirrisco e que faltam estudos que partam da realidade latino-americana, sobretudo brasileira.

O debate evidenciou a crítica, por parte da equipe, de que já é hora de substituir a governança de um único risco isolado por outra, que considere os efeitos em cascata e a combinação de riscos que agravam a situação de vulnerabilidade das populações afetadas.

Para Leiliane Sousa, uma das organizadoras da atividade, “o II Workshop permitiu o avanço na discussão dos artigos que compõe a revisão bibliográfica do projeto e no alinhamento metodológico da pesquisa”.

Um dos resultados desta discussão, o glossário do Projeto, está em fase de elaboração e contribuirá para a popularização dos conceitos empregados na iniciativa. Um artigo científico, que engloba esta etapa da pesquisa, também está sendo finalizado. 

Para saber tudo que acontece por aqui, acompanhe nossas postagens! 😉

 

Imagem: Arquivo Pessoal

Texto: Eloisa Beling Loose

A teoria na prática: atividade de campo explora perspectivas geográficas

Imagens: Lutiane Almeida e Mariana Costa

Texto: Eloisa Beling Loose

    Uma visita para observar os conceitos geográficos na vida cotidiana. A viagem de campo realizada entre os dias 28 e 30 de junho com estudantes do curso de Bacharelado em Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) colocou em relevo os conhecimentos adquiridos em sala de aula.  

    Ao visitar os municípios potiguares de Lajes, Açu, Apodi, Portalegre, Acari, além do município de Icapuí no Ceará, os estudantes das disciplinas “Geomorfologia Geral” e “Práticas em Planejamento Territorial” puderam aprender e reforçar entendimentos teóricos a partir do contato com fenômenos e paisagens reais. 

    “O campo mostrou-se uma simbiose perfeita entre os conteúdos vistos em sala de aula e a prática na análise da paisagem. Além disso, o campo trouxe o real sentido do ser geógrafo, profissão mais fundamental para gestão e organização da sociedade, que é olhar para os vários espaços construídos e reproduzidos com uma ótica sistêmica, sendo os conceitos geográficos clássicos fundamentais para a análise”, destaca o acadêmico José Luiz Neto.

    A atividade, coordenada pelo professor do curso Lutiane Almeida, possibilitou inúmeras formas de se olhar para o espaço geográfico, tratando de riscos ambientais, da diversidade geoambiental e do geoturismo, e de questões que atravessam o planejamento do território. “Nenhuma atividade em sala ou qualquer tecnologia atual substitui as vivências, impressões e sensações que os alunos têm com as atividades de campo. Para estudantes, professores e profissionais de Geografia, as experiências de atividades de campo trazem uma verdade terrestre fundamental e insubstituível”, afirma Almeida.

 

Grupo de Pesquisa Georisco realiza 1º Seminário Interno

redação por Eloise Beling Loose

Imagem: Mariana Silva

Na última sexta-feira, dia 26 de maio, os novos membros do Grupo de Pesquisa Georisco se reuniram para apresentar e discutir os projetos individuais. A proposta deste seminário, segundo o coordenador Lutiane Almeida, é compartilhar ideias e conhecimentos que possam fortalecer os esforços de pesquisa em torno das temáticas que envolvem riscos, vulnerabilidades e exposição aos desastres. 

Na ocasião, a bolsista de divulgação científica, Mariana Silva, apresentou possibilidades para renovar a identidade visual do Georisco e a proposta de renovação do site, que foi acolhida pelo Grupo. Além disso, os estudantes Jeferson Gomes, Mariana Costa, Jamily Araújo e Thiago Santoro apresentaram suas propostas de pesquisas (algumas já em andamento) e receberam contribuições dos pesquisadores mais experientes do Georisco. A atividade envolveu exposição de projetos de mestrado em Geografia, monografia e iniciação científica. 

“A participação em grupos de pesquisa é altamente benéfica para a formação de estudantes de Geografia, pois oferece a oportunidade de aprofundar o conhecimento, obter experiência prática, colaborar com outros pesquisadores, desenvolver habilidades transferíveis e aumentar a visibilidade acadêmica”, afirma Almeida. O intercâmbio entre os pesquisadores contribui para uma formação mais completa, preparando os estudantes para enfrentar os desafios da carreira em Geografia e para contribuir para o avanço do conhecimento geográfico. “Esse trabalho coletivo é um dos pilares do Georisco”, destaca o coordenador.

Estudantes da UFRN conhecem as vulnerabilidades do bairro Mãe Luiza

Visita técnica foi proposta em parceria com a Defesa Civil de Natal

por Eloise Beling Loose e Mariana Rocha Silva

Aproximar os futuros profissionais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) dos desafios reais presentes em comunidades de Natal. Este foi um dos objetivos da visita técnica realizada na última quarta-feira, dia 15 de maio, sob a coordenação de Lutiane Almeida, professor da disciplina “Práticas em Planejamento Territorial” e coordenador do Grupo de Pesquisa Georisco. Em parceria com a Defesa Civil de Natal, estudantes tiveram a oportunidade de visitar o bairro Mãe Luiza, na zona leste da capital, onde ocorreu um deslizamento de terra em 2014. A proposta foi observar como está a situação hoje, após o desastre, e identificar as medidas que contribuíram para a contenção efetiva do morro. 

Uma série de mudanças foram realizadas pela administração municipal para tornar o bairro menos vulnerável. Em 2014, a coordenadoria municipal de proteção e defesa civil nem existia - foi criada por obrigação para a cidade ser sede da Copa do Mundo. A UFRN, por meio do Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas sobre Desastre (NUPED), colaborou com a prefeitura para a elaboração do plano de contingência para emergências em casos de desastre, inexistente até então.

Durante a atividade, os estudantes visitaram a escadaria, onde cerca de 29 residências foram totalmente ou parcialmente destruídas, e que foi refeita, revalorizando o local. “Em alguns pontos, a prefeitura fez uma contenção para aumentar o nível de segurança. A escadaria foi refeita, essa rua também era bem mais estreita; foi refeita, e também repararam o sistema de drenagem”, explica Almeida.

Além da discussão sobre as fragilidades da região e os avanços que a Defesa Civil de Natal obteve nos últimos anos, a visita permitiu que os estudantes ouvissem os relatos de moradores, que convivem em áreas de risco e/ou com falta de infraestrutura. A líder comunitária Ana Maria Alves, que perdeu a moradia em decorrência do desastre de 2014, mostrou falhas existentes no muro de contenção, rachaduras e ligação de esgoto irregular, questões que precisam ser acompanhadas mais de perto pela prefeitura.

Texto: Eloise Beling Loose

Imagens: Mariana Rocha Silva

Acompanhe as futuras ações do Grupo de Pesquisa Georisco em suas redes sociais (Instagram e Facebook) e blog. Confira também o vídeo da visita técnica  aqui.

GEORISCO promove palestra sobre Plano de contingência em parceria com Defesa Civil de Natal

O grupo de pesquisa GEORISCO promoveu a palestra de Fernanda Jucá, Diretora do Departamento de Defesa Civil e Ações Preventivas (SEMDES/Natal), com o tema Plano de Contingência de Natal-RN. A palestra é parte das atividades da disciplina Práticas em Planejamento Territorial, do curso de bacharelado em geografia, ministrada pelo professor Lutiane Almeida do departamento de Geografia da UFRN.

A atividade teve como objetivo fazer um link entre as atividades da disciplina e a aplicação prática do planejamento territorial na gestão de riscos de desastres em Natal. Os alunos da disciplina de Práticas em Planejamento Territorial farão um relatório com contribuições para a redução de riscos de desastres e o ordenamento territorial em áreas de risco de Natal. 

A palestra contou com a presença do professor Ricardo Matos do departamento de Enga. de Produção e membro do Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas sobre Desastres - NUPED-UFRN, bolsistas do GEORISCO e a doutoranda Caroline Barros, bolsista do projeto MULTI-RISCO.

 

GEORISCO-NUPED E CEMADEN OFICIALIZAM PROTOCOLO DE PESQUISA

O  grupo de pesquisa GEORISCO, integrante do Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas Sobre Desastres (NUPED/UFRN), oficializou protocolo de intenções para cooperação técnico-científica com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN), para a realização de atividades de pesquisa, ensino e extensão sobre o tema REDUÇÃO DE RISCO DE DESASTRE, inserido numa agenda internacional representada pelo Marco de Sendai para a Redução do Risco de Desastres 2015- 2030, cujas prioridades são pontos norteadores do GEORISCO e do NUPED. A celebração deste protocolo é uma etapa inicial de futuros convênios entre as duas instituições e se pretende que haja impactos positivos na formação de recursos humanos, aprimoramento de corpo de pesquisadores, e principalmente, a contribuição para o fortalecimento da cultura de prevenção de desastres na nossa sociedade. 

 

O protocolo de intenções foi assinado pelo Reitor da UFRN, prof. Daniel Diniz e pelo diretor do CEMADEN, prof. Osvaldo Moraes, e publicado no Diário Oficial da União n° 226, de 02 de dezembro de 2022 (Processo nº 01242.000214/2022-10).  

Este protocolo foi estabelecido a partir da parceria entre o Prof. Dr. Lutiane Queiroz de Almeida, coordenador do GEORISCO e do NUPED/UFRN, e a pesquisadora do CEMADEN Dra. Silvia Midori Saito. 

 

O Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa sobre Desastres (NUPED/UFRN) é um núcleo criado de acordo com o estabelecido pelo artigo 11 do Estatuto da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), com objetivo de realização de ensino, pesquisa, extensão na área de Redução do Risco de Desastres. Conheça os pesquisadores do NUPED no link https://www.nupedufrn.com.br/ 

PROJETO DO GEORISCO-NUPED É APROVADO NO CNPQ E NA CAPES

 O projeto APRIMORAMENTO DA GESTÃO LOCAL DE RISCOS AMBIENTAIS-URBANOS PARA CENÁRIOS MULTIRRISCO FRENTE À EMERGÊNCIA CLIMÁTICA: INSTRUMENTOS INOVADORES E PARTICIPAÇÃO SOCIAL, uma parceria do GEORISCO-NUPED com o Laboratório de Gestão de Riscos da UFABC - LABGRIS e o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais - CEMADEN foi aprovado em editais CNPq e pela CAPES. No CNPq, o investimento é de R$ 502 mil, entre recursos de capital, custeio e bolsas de pesquisa. Na CAPES, o projeto foi contemplado com 3 bolsas de pós-doutorado, 2 de mestrado e 1 de doutorado e R$ 50 mil para custeio. 

O objetivo do projeto é elaborar metodologias inovadoras para revisão e aprimoramento dos instrumentos consolidados de diagnóstico em escala de detalhe e gestão local de riscos e desastres frente às mudanças climáticas com foco na vulnerabilidade socioambiental, nos cenários multirrisco e na participação social.

O projeto foi aprovado no CNPq na Chamada 59/2022 - Modelagem do Sistema Climático Global, Impactos, Vulnerabilidade e Adaptação às Mudanças Climáticas e Monitoramento e Previsão de Desastres Naturais; e na CAPES no edital 15/2022 - Programa Emergencial de Prevenção e Enfrentamento de Desastres Relacionados a Emergências Climáticas, Eventos Extremos e Acidentes Ambientais.

O GEORISCO é um grupo de pesquisa do Depto. de Geografia da UFRN, coordenado pelo professor Lutiane Almeida, que também coordena o Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas sobre Desastres - NUPED. O grupo atua em pesquisa, ensino e extensão sobre temas como indicadores de risco de desastres, mapeamento e modelagem de risco de desastres e ações de extensão em redução de risco de desastres (RRD).